terça-feira, 22 de novembro de 2011

Protegendo seu smartphone e tablet

Há tempos os smartphones vem assumindo funcionalidades dos computadores pessoais. Com isso, ganham também ameaças de computadores. Novos vírus e ataques surpreendentes tem causado temor aos usuários mais antenados. Segundo alguns sites, o número de ameaças para Android aumentou 472% nos últimos meses. Outras falam em aumento de 37%, mas a unanimidade é que os smartphones precisam de proteção. A dúvida é: Como proteger esses aparelhos tão importantes no nosso cotidiano? Abaixo, algumas sugestões de segurança para smartphones e tablets.
  • Cuidado com as fontes: A principal origem de ameaças digitais é a instalação de aplicações com código malicioso. Preste atenção a origem dos aplicativos que instala. Prefira obter aplicativos da loja oficial de seu aparelho ou de grandes lojas, mas nunca instale aplicações obtidas de fontes desconhecidas.
  • Instale o importante, mantenha o essencial: Os desenvolvedores mal intencionados costumam esconder código malicioso em aplicativos simples, mas com grande apelo. Por isso, instale em seu aparelho apenas o que for realmente importante. Além disso, remova os aplicativos que não estão em uso.
  • Mantenha os aplicativos atualizados: Novas atualizações podem resolver falhas de segurança e corrigir problemas. Sempre que possível, atualize seus aplicativos.
  • Instale um aplicativo de segurança: Diversas empresas lançaram aplicativos de segurança para diversas plataformas, boa parte deles com serviços gratuitos. Antivírus, localização remota, backup e reset são algumas das funcionalidades disponíveis. Escolha um aplicativo bem avaliado e mantenha rodando. Se possível, configure verificações períodicas. 
  • Use o bloqueio com senha: Algumas pessoas tiveram informações importantes roubadas simplesmente porque alguém pegou seu smartphone e saiu lendo o que podia. Por isso, habilite o bloqueio de tela com senhas ou padrões e evite problemas desse tipo.
  • Cuidado com redes abertas: Ao conectar em redes abertas (sem senhas ou nomes de usuários), evite sincronizar e-mails, contatos e afins. A sincronização pode trafegar senhas e chaves, que podem ser interceptadas. Se for usuário corporativo, utilize a VPN da empresa.
  • Desligue as conexões: Mantenha o bluetooth e WiFi ligados somente enquanto for necessário. Assim, você evita ao máximo conexões indesejadas.
  • Mas mantenha o 3G: Diversos reviews sugerem que o usuário desligue as conexões 3G como forma de economizar bateria. O que alguns esquecem é que os aplicativos de segurança precisam de uma rede de dados para obter a localização do aparelho. Em caso de perda, portanto, seria inútil tentar localizar o aparelho. Por isso, evite ao máximo desligar por completo a rede de dados. Em áreas mais afastadas dos centros, você pode economizar bateria reduzindo a rede para 2G, sem perder a conectividade. Outra forma de economizar bateria é desligando a atualização de e-mails e redes sociais.
  • Atenção para as permissões: Os principais sistemas operacionais de smartphones modernos costumam exigir que os aplicativos solicitem permissões explícitas ao acessar informações sigilosas. Preste atenção as permissões que o aplicativo pede antes de instalar. Se algo parecer suspeito, cancele a instalação.
E você, tem te protegido seu smartphone ou tablet? Que outra dica você dá?
    Até a próxima!

    segunda-feira, 7 de novembro de 2011

    Teste de browsers para Linux

    Desde que escrevi meu primeiro teste de browsers para linux, muitas atualizações aconteceram. Os três principais browsers lançaram novas versões e mantiveram a briga pela posição de melhor browser bastante disputada. Para atualizar os números, refiz os testes na última versão dos três principais browsers do cenário Linux: Firefox 7, Chromium 14 e Opera 11. Os novos resultados não serão comparados aos resultados obtidos no teste anterior por dois motivos principais. Primeiro, não há razão para que alguém permaneça na versão antiga dos programas. Segundo, porque deixei o Ubuntu de lado e passei a utilizar o Fedora, o que pode influenciar os resultados.
    Os testes foram executados uma única vez em cada browser, sendo o mesmo encerrado antes de um novo teste. Abaixo os resultados dos testes e links para as páginas de cada teste. Você pode executá-los em sua máquina e as diferenças relativas devem se manter.
    Os testes

    O Acid3 é um teste básico que verifica a compatibilidade do browser com elementos básicos da web, como DOM e javascript. Os três alcançacaram total compatibilidade.
    The HTML5 Test

    O principal teste de compatibilidade com a especificação HTML5 indicou que os browsers ainda têm muito o que melhorar. Nenhum deles alcançou a pontuação máxima de 400 pontos. O Firefox foi o único que ultrapassou os 300 pontos, mostrando vantagem também nesse teste. Ponto positivo para a raposa, que na versão anterior havia alcançado menos da metade desse valor. Opera e Chromium decepcionaram, ficando abaixo dos 290 pontos.

    O teste de "navegação psicodélica" está disponível em um site ligado ao Internet Explorer. Foi incluído com a intenção de adicionar uma versão externa e totalmente diferente de testes. O Chromium foi bem, batendo os 70 FPS (quadros por segundo). Já a execução no Firefox travou e o teste não foi concluído.

    Performance em Javascript foi o quesito testado pelo SunSpider. Este medidor executa rotinas em Javascript e verifica o tempo decorrido em cada browser. Vitória do Firefox, novamente demonstrando o quanto a versão 7 é melhor que as anteriores.

    O V8 é outro teste de performance Javascript. Criado por uma equipe da Google para testar o Chromium, o que talvez explique a vantagem do mesmo nos testes. O Firefox também não fez feio, deixando o Opera para trás.


    O teste de aceleração de hardware verifica a capacidade do browser de explorar a placa de vídeo para executar os sites. O Firefox apresentou desempenho muito superior, demonstrando maturidade na utilização do chip gráfico.


    O Peacekeeper é o teste estreante, já que eu nunca havia o executado antes. Executa diversos testes de performance e compatibilidade e por isso foi o mais demorado e o mais pesado para ser executado. Consumiu tempo considerável do processador e mesmo assim demorou vários minutos para ser executado em cada browser. Ponto para o Chromium, que apresentou a melhor pontuação. O Opera foi muito bem, ultrapassando a marca dos 1500 pontos e deixando o Firefox bem para trás. Mas nenhum dos browsers conseguiu executar o teste por completo. O vencedor Chromium executou apenas 1 dos 6 testes de HTML5. O vice Opera executou 4, enquanto o Firefox foi o que chegou mais perto do total, com 5 de 6.


    Estes testes teóricos indicam que os aplicativos ainda tem muito o que evoluir, especialmente no suporte ao HTML5. Deixando a precisão dos testes teóricos de lado, resolvi utilizar por algumas horas cada navegador. Os resultados indicam que o cenário dos navegadores linux pode estar mudando.
    Opera
    O browser mais completo dentre os testados acabou mostrando fraqueza na principal característica testada, a navegação. O grande consumo de memória e o fraco desempenho nos testes teóricos (o navegador não foi o vencedor em nenhum teste) indicam que o Opera ainda precisa melhorar sua versão linux.
    Chromium
    O browser da Google apresentou bom desempenho nos testes teóricos e práticos. Agilidade no carregamento e resposta rápida na abertura de páginas foram os pontos fortes. Algumas páginas, porém, apresentaram problemas de carregamento ou execução de scripts, o que pode indicar incompatibilidade com certas aplicações. Nos testes teóricos, o Chromium mostrou que a versão linux estagnou e foi ultrapassada por seu adversário direto. No confronto com o Firefox, o browser da Google empatou na quantidade de testes vencidos, porém perdeu com grande distância nos testes de performance e compatibilidade com HTML5. Espero que as novas versões tragam melhorias nesse quesito.
    Firefox
    O browser da raposa de fogo apresentou desempenho surpreendente. A sequência impressionante de lançamentos de novas versões trouxe um navegador renovado externa e internamente. Performance e compatibilidade foram os pontos fortes desse browser, que passou a ser o padrão em meu computador.

    E você? Qual seu navegador preferido? Um dos três? Nenhum deles?

    Nas próximas semanas volto com atualizações do teste. Prometo desde já uma atualização com testes do Firefox 8, assim que a versão estiver disponível nos repositórios do Fedora.

    quarta-feira, 26 de outubro de 2011

    Por que voltar a escrever?

    Nos últimos meses tenho deixado meu blog a deriva. Sequer havia percebido que meus últimos posts acumularam centenas de visualizações, meses após serem publicados. Os motivos que me afastaram do blog não importam no momento. O que importa é que decidi dar nova atenção ao blog. Decidi voltar a escrever, voltar a comentar e voltar a promover meus textos. A pergunta é: Por quê? Pensei na resposta e a única que me veio foi: por que é difícil. Todos sabem o quão difícil é escrever um bom texto. Reunir palavras dentro das normas da língua portuguesa já é um desafio. Criar textos de qualidade e que me agradem é um desafio maior ainda. Envolve concentração, pesquisa, reunião de informações e uma certa dose de inspiração. Assim, o blog deve servir de exercício de escrita e impedir que eu enferruje. Espero que os textos que me agradam também sejam de agrado dos meus leitores.
    A partir dos próximos dias, esse blog voltará a ter novidades.
    Novos textos com informações sobre aplicativos para linux e android, avaliações de aplicativos, dicas e, nos dias de muita inspiração, artigos técnicos e tutoriais.
    E você, o que quer ver nesse blog?
    O que achou do novo layout?

    Até o próximo.

    quinta-feira, 20 de outubro de 2011

    sexta-feira, 4 de março de 2011

    Ubuntu, ADB e Defy

    Conectar um aparelho que roda Android em um computador com Ubuntu é uma tarefa trivial. Basta conectar o cabo, liberar o acesso ao cartão de memória no aparelho e navegar livremente. Já fazer o dispositivo conectar com a ponte de debug do Android SDK não é tão simples assim.
    O Android SDK disponibiliza o chamado Android Debug Bridge (ADB). Através dessa ferramenta é possível executar aplicativos diretamente do computador no aparelho. Para isso, porém, o ADB precisa de um "registro" do dispositivo, e é nesse ponto em que ocorre o problema no Ubuntu. Para corrigir esse problema, tive que reunir alguns tutoriais e criar o meu próprio procedimento, que apresento em seguida. Esse procedimento funcionou para conectar meu Motorola Defy a meu computador com o Ubuntu 10.10. Não há garantias de que irá funcionar em quaisquer outras configurações. Também não me responsabilizo por quaisquer problemas ocorridos na execução dos passos citados.

    Primeiro, sugiro conectar o dispositivo em uma porta USB que esteja conectada diretamente a placa mãe. Evite hubs ou portas dianteiras do gabinete. Em testes com a conexão intermediada por um hub ocorreram diversos problemas.

    Ative o modo de desenvolvimento do seu dispositivo em Menu > Settings > Applications > Development > USB Debugging.

    Verifique se se o ADB reconheceu a existência de um dispositivo, através da linha de comando abaixo:
    ./adb device
    Seu dispositivo deverá aparecer com uma linha com pontos de interrogação, semelhante as linhas abaixo:
    List of devices attached
    ??????????? no permissions
    Isso indica que o ADB localizou um dispositivo, porém não conseguiu identificá-lo. Caso esse seja o seu caso, prossiga. Caso contrário, é necessário procurar outro problema.

    Acesse o site de desenvolvimento para a plataforma Android e localize o identificador do fabricante do seu dispositivo. Anote esse código.

    Crie um arquivo 51-android.rules no diretório /etc/udev/rules.d
    Eu costumo utilizar o gedit para edição de arquivos texto. Nesse caso, a linha de comando ficaria mais ou menos assim:
    sudo gedit /etc/udev/rules.d/51-android.rules
    Adicione uma linha no arquivo 51-android.rules para cada dispositivo Android conectado, no seguinte format0:
    SUBSYSTEM=="usb",SYSFS{idVendor}=="ID",MODE="0666",OWNER="USUARIO"
    Nessa linha, substitua ID pelo id do fabricante obtido anteriormente. O trecho USUARIO deve ser substituído pelo nome do usuário que irá executar o ADB. Caso necessário, mais de uma linha pode ser adicionada para cada dispositivo, com usuários diferentes.

    Altere as permissões do arquivo criado, com a seguinte linha de comando:
    sudo chmod a+r /etc/udev/rules.d/51-android.rule
    Atualize as regras de controle de dispositivos com a seguinte linha de comando:
    sudo udevadm control --reload-rules
    Por fim, reinicie o serviço do ADB com as seguintes linhas de comando:
    ./adb kill-server
    ./adb start-server
    Esses passos funcionaram perfeitamente para mim. Além disso, não tive problema algum de conexão do Defy no meu computador com Ubuntu. E você, teve problemas? Conectou outros dispositivos? Conhece métodos mais simples?

    Alguns sites que me ajudaram:

    sábado, 15 de janeiro de 2011

    Teste de browsers Ubuntu

    Continuando os meus posts sobre Linux, especialmente sobre o Ubuntu, hoje é dia de testar um dos tipos de aplicativos que mais ganhou importância nos últimos tempos, os browsers. Seguindo os moldes do teste feito pelo OVelho com browsers para Windows, resolvi comparar através de medidores (benchmarks) a performance de alguns browsers disponíveis para o Ubuntu. Para isso, instalei os três principais aplicativos desse tipo disponíveis para Linux, em suas últimas versões estáveis. São eles o Firefox (3.6.13), o Chromium (10.10) e o Opera (10.62). Para dar uma apimentada nos testes, adicionei dois browsers menos conhecidos existentes nos repositórios do Ubuntu. São eles o SeaMonkey (2.0.11) e o Midori (0.2.4).
    A intenção dos testes é apresentar um conjunto de dados comparativos. Por isso, os valores não devem ser considerados em números absolutos, apenas o comparativo entre os softwares deve ser considerado.
    Cada teste foi efetuado uma única e sumária vez em cada um dos navegadores (vamos, eu não tenho todo tempo do mundo) e o resultado anotado e graficado. Junto a cada teste há um link para o teste, que pode ser repetido em qualquer navegador por qualquer um.
    Sem mais delongas, vamos aos testes.
    O ACID3 é um teste de consistência básica do browser. Verifica a compatibilidade com algumas das principais rotinas existentes em páginas. Feio para o Firefox que não conseguiu compatibilidade completa.

    Hardware acceleration
    A aceleração por hardware (leia-se placa de vídeo) é uma das grandes apostas para melhorar a performance das próximas gerações dos navegadores. A geração atual já aproveita discretamente essas funcionalidades. A performance do SeaMonkey surpreendeu e o Firefox não fez feio. O Midore apresentou FPS zero, provavelmente por não conter aceleração alguma via hardware.

    The HTML5 Test
    A especificação do HTML5 já está rolando na internet, mas parece que a atual geração de browsers não está preparada pra ela, já que nenhum browser conseguiu os 300 pontos do teste. Ótimo desempenho do Chromium que parece um browser bastante atualizado. O desempenho do Midori surpreendeu e a do Firefox decepcionou.

    Psychedelic Browsing
    O teste de "navegação pscicodélica" é disponibilizado pela Microsoft. Surpresa a performance imensamente superior do Firefox, que deixou todos os outros comendo poeira. O SeaMonkey apresentou erro na execução do teste, daí a pontuação zero.

    Sputnik
    O Sputnik é um teste disponibilizado pela equipe da Google que verifica a capacidade do browser de executar as diversas instruções JavaScript existentes. Novamente, o Firefox decepcionou. Minha aposta seria de que o Chromium se sairia melhor nesse teste, mas o Opera surpreendeu e foi o melhor.

    O SunSpider é outro teste de JavaScript bastante completo. Para este comparativo, foi considerado apenas o tempo de execução do teste, ou seja a performance na execução. Surpresa o Midore conseguir tempo próximo dos navegadore Chromium e Opera.
    O V8 é um teste usado pela equipe do Chromium para verificar a aderência da sua engine de JavaScript com algumas instruções, daí a vantagem do Chromium no teste. O SeaMonkey não foi capaz de concluir o teste, daí a pontuação zero.

    Dados os fatos, prefiro não opinar por preferência por um ou outro browser. Nos próximos dias volto com novos testes ou artigos.

    sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

    Android 3.0 já bate a porta

    Já que o Android está na moda, eu também vou falar dele aqui. Mal o Android Gingerbread (versão 2.3) foi liberado e os primeiros do Android Honeycomb já chegam a Internet. O vídeo abaixo mostra a interface e as funcionalidades previstas para o que deve ser a versão 3.0 do sistema operacional do robô.


    Quem já está esperando atualizações para seu celular, se controle. A terceira geração do sistema operacional do robô deverá ter requisitos mínimos de hardware. Aliás, se você tem um celular com Android, sugiro não esperar muitas atualizações, ao menos não oficiais. Simplesmente não é interessante para as fabricantes colocar novas funcionalidades em dispositivos antigos. É sempre melhor vender aparelhos novos. Se você ainda vai comprar um celular com Android, compre sem a expectativa de diversas atualizações.
    Aos extremistas de plantão, não estou indo contra a plataforma Android, apenas quero ser realista.